Por Leo Cunha
Ao cineasta italiano Mario Monicelli, não se pode dizer que faltou reconhecimento: foi premiado em Berlim (3 Leões de Prata, por Il marchese del Grillo, Caro Michele e Padri e figli), Veneza (um Leão de Ouro por A grande guerra e outro pelo conjunto da obra, já em 1991), além de ser indicado quatro vezes ao Oscar, sem vencê-lo.
Com uma obra muito vasta (mais de 100 roteiros, mais de 60 direções), consagrou-se como um dos grandes mestres da "comédia à italiana". Seu filme mais famoso talvez seja O incrível exército de Brancaleone, mas não podemos esquecer a tragicomédia Parente é Serpente, ou o humor rasgado e sacana de Meus caros amigos (partes 1 e 2, sendo que a 2ª ficou conhecida por aqui como Quinteto Irreverente).
Entre seus temas mais frequentes estavam a amizade, a família, a política. E, mesmo nas comédias, freqüentemente tinha um lado amargo, ou mesmo negro. Aos 95 anos de idade, estava lúcido e ativo, mas muito doente, quando tomou a decisão de se jogar da janela de um hospital, ontem, em Roma.
Mais que nunca, merece ter sua obra relembrada e revista.
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