*"Eu de fato quis ser um judeu e então descobri que eu era mesmo um nazista. Você sabe, pelo fato de minha família ser alemã, algo que também me deu certo prazer. O que eu posso dizer...eu entendo Hitler, mas eu acho que ele fez algumas coisas erradas, absolutamente, mas eu posso vê-lo sentando em seu bunker ao final. Eu acho que entendo o cara. Ele não é o que se pode chamar um “bom rapaz”, mas eu o entendo bastante, eu simpatizo um pouco com ele. mas vamos lá, eu não sou a favor da Segunda Guerra Mundial e não sou contra os judeus. Sou muito afeito aos judeus, não tanto, porque os israelenses são um pé no saco, e como eu me livro desta frase? (...) Ok, sou um nazista". (tradução minha)
quinta-feira, 19 de maio de 2011
A Von Trier, os holofotes
*"Eu de fato quis ser um judeu e então descobri que eu era mesmo um nazista. Você sabe, pelo fato de minha família ser alemã, algo que também me deu certo prazer. O que eu posso dizer...eu entendo Hitler, mas eu acho que ele fez algumas coisas erradas, absolutamente, mas eu posso vê-lo sentando em seu bunker ao final. Eu acho que entendo o cara. Ele não é o que se pode chamar um “bom rapaz”, mas eu o entendo bastante, eu simpatizo um pouco com ele. mas vamos lá, eu não sou a favor da Segunda Guerra Mundial e não sou contra os judeus. Sou muito afeito aos judeus, não tanto, porque os israelenses são um pé no saco, e como eu me livro desta frase? (...) Ok, sou um nazista". (tradução minha)
terça-feira, 17 de maio de 2011
Vladimir Carvalho fala sobre seu novo doc: Rock Brasília
Por Leo Cunha
Vladimir foi à FliPiri (Festa Literária de Pirenópolis) para a sessão comentada do seu curta “Vila Boa de Goiaz”, de 1973, que registra a primeira vez em que a poeta Cora Coralina foi filmada. Cora foi a autora homenageada nesta terceira edição da charmosa festa literária promovida pela prefeitura da cidade, em parceria com a Ong Casa de Autores, de Brasília.
Após a sessão, Vladimir conversou com o público sobre o curta de 1973 e depois, muito empolgado, adiantou detalhes de Rock Brasília, que terá cerca de 1h 45 min, divididos principalmente entre 4 bandas: Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial e Paralamas do Sucesso. Esta última, apesar de não ser “natural” de Brasília, teve uma passagem marcante pela capital e estabeleceu uma relação de amizade com os integrantes das outras bandas.
Morador de Brasília há várias décadas e admirador confesso de Renato Russo (“o maior poeta do rock brasileiro”, em sua opinião), Vladimir gravou, desde o início da década de 1980, horas e horas de material com (e sobre) as bandas brasilienses. Ensaios, shows, festas e mesmo simples conversas, além de entrevistas com familiares (a cena com a mãe de Renato promete!). Algumas das imagens, explicou o diretor, datam de antes mesmo da formação das bandas retratadas, e foram filmadas sem que imaginasse que o material acabaria virando (este) documentário.
Vladimir contou que fez questão de assistir a todos os documentários recentes sobre roqueiros brasileiros (A vida até parece uma festa, sobre os Titãs, Herbert de perto, sobre os Paralamas, Guidable, sobre os Ratos de Porão, etc). Seu filme, porém, tem um perfil diferente, pois a produção não teve ligação com os membros de nenhuma das bandas. “Se bem que eu me sinto bem próximo dos grupos, já que sou amigo dos pais de muitos dos músicos”, salientou.
Para quem estranhar esta incursão do veterano diretor pelo mundo do rock and roll, vale lembrar que ele já esteve presente em outros filmes de Vladimir, como Barra 68 e Conterrâneos Velhos de Guerra. Mas no novo filme o rock vira protagonista e só não vai aparecer mais por questões financeiras, como explicou o cineasta: “para cada música que aparece no filme tivemos que pagar os direitos autorais correspondentes. E tem que ser assim mesmo, não tem outro jeito.”
Se alguém estiver se perguntando “até quando esperar” (como canta a Plebe Rude), vale lembrar que alguns teasers de Rock Brasília já estão disponíveis na Internet, por exemplo aqui e aqui.
domingo, 15 de maio de 2011
No ar, direto de Cannes
Cobertura: http://filmespolvo.com.br/site/eventos/index/58
· Duelo Antes da Noite, de Alice Furtado (Mostra Cinéfondation)
· Habemus Papam, de Nanni Moretti (Competitiva)
· Hearat Shulayim (Footnote), de Joseph Cedar (Competitiva)
· Midnight in Paris, de Woody Allen (Fora da Competição)
· Poliss, de Maïwenn (Competitiva)
· Restless, de Gus Van Sant (Un Certain Regard)
· Sleeping Beauty, de Julia Leigh (Competitiva)
· Trabalhar Cansa, de Marco Dutra e Juliana Rojas (Un Certain Regard)
· We Need to Talk About Kevin, de Lynne Ramsay (Competitiva)
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Allen em Cannes
quarta-feira, 13 de abril de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
"Vips", de Toniko Melo
quarta-feira, 23 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
Edição 39 no ar!
Confira as colunas:
Fade-out (Thiago Macedo): "Carlos", de Olivier Assayas
Story Line (Leo Cunha): "Cisne Negro" - Darren Aronofsky e a autodestruição
Cinetoscópio (Leo Amaral):
- Afinal, onde está o cinema brasileiro?
- A política da juventude: entre a utopia do caminho e a imagem utópica do pensamento singular
Fora de Quadro (Nísio Teixeira): Michel Brault (final) - "Les enfants de Néant" e "Les Ordres" em conexão com "Octobre", de Pierre Falardeau: jogos mortais de conformismo ou resistência
Plano Sequência (Gabriel Martins): Ficção, documentário, fissão - "Avenida Brasília Formosa" e "O céu sobre os ombros"
Raccord (Ursula Roesele):
- Entre o ego e a impaciência - sintomas de um cinema de desperdícios
- "Bravura Indômita" - releitura para a América de hoje
Corte Seco (João Toledo): "Lilian M: Relatório Confidencial"
Contra-Plongée (Marcelo Miranda): “Adam Resurrected”, ou “Adam – Memórias de uma Guerra” - a profissão de fé de Paul Schrader
terça-feira, 1 de março de 2011
O Oscar da escolha fácil
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Mostra Inéditos em BH
domingo, 27 de fevereiro de 2011
O Oscar do drama
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Peões
por Ursula Rösele
Post de certa maneira tardio sobre a última sequência de Peões (2004), em que Coutinho conversa com um operário que conta do período das greves no ABC paulista e em determinado momento olha nos olhos de Coutinho e pergunta: "o senhor também é peão?"; ao passo que o diretor fica em silêncio, o cinegrafista mantém a câmera ligada e vemos um dos instantes mais políticos do cinema nacional.
Em uma imagem apenas, temos escancarada na tela a distância entre aquelas duas pessoas. A ideia de um documentário que revelaria os incômodos daquele homem diante das circunstâncias políticas que haviam levado o Lula ao segundo turno das eleições de 2002, mas que acaba por registrar uma impossibilidade social. Se Coutinho não é peão, ele jamais poderá entender um peão. Isso tudo ali, em poucos segundos.
Esta cena vale o filme inteiro.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Ethan e Joel Coen
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
"Girimunho", de Helvécio Marins e Clarissa Campolina
por Marcelo Miranda
O Discurso do Rei
por Marcelo Miranda
Cisne Negro
por Marcelo Miranda
Depois de dois filmes chiliquentos ("Pi" e "Réquiem para um Sonho") e um tropeço escandaloso ("A Fonte da Vida"), o diretor Darren Aronofsky colocou o pé no chão e fez um dos trabalhos mais intensos do cinema norte-americano nos últimos anos. "O Lutador" (2008), que venceu o Leão de Ouro do Festival de Veneza, tinha no corpo e no rosto de Mickey Rourke a maior parte de sua força, e Aronofsky soube aproveitar isso.
Ele faz o mesmo em "Cisne Negro", seu novo trabalho. Desta vez, o corpo e o rosto são de Natalie Portman, já uma papa-prêmios por sua interpretação (que deve lhe dar o Oscar). Ela faz a jovem e inocente bailarina Nina, cujo grande sonho é ser a protagonista de uma nova versão para "O Lago dos Cisnes".
Após conseguir o papel, Nina entra numa espiral de situações estranhas, envolvendo uma rival, sua antecessora e, especialmente, sua própria personalidade conflitante.
Aronofsky faz aqui uma mistura do histrionismo de "Réquiem para um Sonho" com a fluidez e sobriedade de "O Lutador". O filme é claramente dividido em duas partes, sendo a primeira o processo de adequação de Nina e a segunda, o impacto desse mesmo processo.
Se há algo a chamar a atenção em "Cisne Negro" é a despreocupação de Aronofsky em criar uma "trama". Há Nina às voltas com as estranhezas ao redor, e nada mais que isso. É corajoso para um filme de clara busca por mercado, o que não significa que seja um procedimento sempre bem-sucedido.
Ao mesmo tempo em que tateia em busca do que pode causar choque à imagem, Aronofsky também escorrega para o inócuo, tornando "Cisne Negro" algo esquizofrênico. A entrega de Portman ao papel - de maneira física e psicológica - torna-se o maior atrativo do filme.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Listas individuais da Voz do Polvo
LONGAS-METRAGENS
Gabriel Martins
1-Os Monstros, de Luiz Pretti, Ricardo Pretti, Guto Parente e Pedro Diógenes
2-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
3-O Gerente, de Paulo Cezar Saraceni
João Toledo
1-Os Monstros, de Luiz Pretti, Ricardo Pretti, Guto Parente e Pedro Diógenes
2-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
3-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
Leonardo Amaral
1-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
2-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
3-Santos Dumont – pré-cineasta?, de Carlos Adriano
Marcelo Miranda
1-O Gerente, de Paulo Cezar Saraceni
2-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
3-Transeunte, de Eryk Rocha
Rafael Ciccarini
1-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
2-O Gerente, de Paulo Cezar Saraceni
3-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
Thiago Macêdo
1-Os Monstros, de Luiz Pretti, Ricardo Pretti, Guto Parente e Pedro Diógenes
2-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
3-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
Ursula Rösele
1-O Gerente, de Paulo Cezar Saraceni
2-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
3-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
CURTAS-METRAGENS
Gabriel Martins
1-Mens Sana in Corpore Sano, de Juliano Dornelles
2-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
3-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
João Toledo
1-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
2-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
3-Borboletas Indômitas, de Daniel Chaia
Leonardo Amaral
1-Mens Sana in Corpore Sano, de Juliano Dornelles
2-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
3-Canoa Quebrada, de Guile Martins
Marcelo Miranda
1-Contagem, de Gabriel Martins e Maurílio Martins
2-Mens Sana in Corpore Sano, de Juliano Dornelles
3-Borboletas Indômitas, de Daniel Chaia
Rafael Ciccarini
1-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
2-O Assassino do Bem, de Hiro Ishikawa e Thiago Pedroso
3-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
Thiago Macêdo
1-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
2-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
3-Canoa Quebrada, de Guile Martins
Ursula Rösele
1-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
2-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
3-O Assassino do Bem, de Hiro Ishikawa e Thiago Pedroso
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Prêmio Voz do Polvo
MELHOR LONGA-METRAGEM
Os Residentes (MG), de Tiago Mata Machado
MELHOR CURTA-METRAGEM
Náufragos (SP), de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
Numa próxima postagem, divulgaremos o voto individual de cada um.
Por enquanto, parabéns aos vencedores - e, de quebra, a toda produção inventiva que povoou nossas cabeças nos últimos dias.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Tiradentes 2011: Cléber Eduardo e a Aurora
por Marcelo Miranda
A mostra Aurora começa nesta segunda-feira, dia 24, na 14ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Momento oportuno de republicar aqui a entrevista que fiz para o jornal O TEMPO com o crítico e curador Cléber Eduardo sobre o que representa a Aurora, para mal e para bem. Vale atentar especialmente para o puxão de orelhas em relação à vaidade de alguns cineastas.
Sendo esta a quarta edição da Aurora, como você caracteriza o recorte anualmente feito especificamente para esta mostra dentro da grade de programação de Tiradentes? É um recorte em alguma medida geracional em primeiro lugar, com exclusividade para primeiros e segundos longas de diretores, e em um segundo nível esse recorte prioriza uma abertura a "riscos". Mas essa opção pelos riscos é menos uma obsessão curatorial e mais reflexo desse momento criativo de uma geração de realizadores independentes. Uma programação de riscos não significa uma estratégia de legitimação crítica em si, mas abertura para discutirmos o não consensual e avaliarmos sua importância ou não. Partir do dissenso para o debate. Riscos implicam, também, rejeições. É preciso ter essa consciência. Na camada mais instigante e inquieta dessa geração, há uma tendência para a rarefação e outra para os choques, ambas anteparos para uma relação mais direta com sentidos específicos e organizações entre planos. Isso traz problemas para a percepção de muitos espectadores e de alguns críticos. É previsível que haja reações.Há exageros nessas raferações e choques ao meu ver. Inclusive do curador algumas vezes. Toda reação é positiva no fundo. Mesmo as negativas.
É possível identificar alguns caminhos seguidos pelos filmes selecionados este ano? São sete caminhos. Cultivo de memória e testemunho de superação, questionamento de políticas públicas,pesquisa com material de cinemateca, reverências e referências reatualizadas, dramatugia audiovisual em associação com lampejos de arte contemporânea, antropologia a partir de atritos de testemunho, documentário com sentido de classe sem perda de subjetivação. O que se percebe dessa soma? Há algo dessa soma que diga algo de nosso presente cinematográfico? Isso está sempre no ar. Sobreviventes de enchentes, funcionários de segurança, relação de religiosos estrangeiros com índios brasileiros, moradores de margens de rio, inventor de avião, atriz com realidade de figurante, fragmentos de anônimos em tensão. Esses universos sugerem conflitos, mudanças no mundo, relações de forças, o olhar do sujeito, ou uma crise desse sujeito com esse espaço, em organizações em geral livres, de esquematização pouco evidente, ao menos como quadro geral. Se isso é bom? Espero que me digam depois de ver os filmes
Dentro do seu trabalho de curador, gostaria de saber como é o trabalho de escolher filmes para um recorte tão segmentado dentro de um imenso manancial de projetos inscritos. Nem o recorte é tão segmentado, porque a considerável maioria dos inscritos é de flmes de uma nova geração e de anônimos dos quais nunca vi nada antes, nem esse manancial é tão grande. Estamos partindo nos últimos dois anos de um universo de mais de 70 filmes. Estamos exibindo esse ano 23 longas selecionados. Não há tantas opções assim. Trabalho com o que há disponível, os recortes sugem desse universo, não surgem antes do fime a filme. O importante é deixar claro que a curadoria não é só seleção. Não se trata de escolher os melhores 20 filmes. Temos três sessões, Aurora, Olhares e Vertentes, cada uma com um perfil. O Aurora é competitivo, apenas para diretores no primeiro ou segundo longa, produções miúras, sem prêmios principais, sem carreira internacional ainda. Não é para qualquer filme. A Olhares é para filmes premiados, ou de diretores já reconhecidos. A Vertentes é para filmes estranhos a seu modo, que tem seu valor, mas não foram valorizados. Tem ainda a sessão da Praça. Precisa ser aberta a todas as idades. E há as sessões de sexta, sábado e domingo, mais lotadas, com perfil de público mais heterodoxo, para as quais procuro programar filmes mais abertos, embora nem sempre eu os tenha entre os inscritos em grande número. É uma engenharia.
Quais as maiores dificuldades com as quais você se depara na definição dos filmes que vão para a Aurora? A dificuldade é sempre saber se um filme de estreante ou um segundo longa de um diretor entra ou não no Aurora. Esse ano dois filmes programados para fora do Aurora estiveram em algum momento no Aurora, mas depois remanejei alguns filmes para a competição ganhar algumas características, perder outras, como se fosse a construção de um corpo de filmes. Nem sempre tenho à disposição um grande número de filmes com força para o Aurora, mas ai é que a curadoria, baseada em seus critérios de observação de provocação, precisa lidar com elementos extra-estéticos para escolher esse ou aquele filme, às vezes pelo senso de contingência história, às vezes pelo senso de estímulo ao debate.
A Aurora tem ganhado importância ano a ano, tanto pela força dos filmes exibidos quanto pelos jurados que avaliam estes filmes e premiam com o troféu Aurora. Consequentemente, ganha espaço na mídia e visibilidade. Você, como curador, sente maior vaidade dos cineastas selecionados e/ou inscritos, devido à força dessa janela de novos realizadores? O Aurora não é celeiro de Orson Welles e Jean-Luc Godard. Sua crescente importância é saudável, mas não pode asifixiá-lo, porque seu espírito é de arejamento. Novos ares. A vaidade, a frustração e o ressentimento são três forças destrutivas do cinema brasileiro. Auto-destrutivas. A nova geração não está livre disso. Não podem se sentir os bambas com direito a exigências apenas porque tiveram um filme selecionado ou premiado no Aurora. A mostra é para filmes pequenos com alguma força. Assim precisa permanecer, ao menos em minha visão. Estrelas, poderes e fama são valores de outras mostras. Aqui ainda é diferente. Ainda é.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Edição 38 no ar
Story Line: Mario Monicelli: idade, covardia e coragem
Cinetoscópio: Dos procedimentos do cinema direto de Wiseman à imagem cínica: quando o cinema vira telejornal e o telejornal incita um cinema precário
A verdade da memória e a escritura do tempo: a trilogia da Ilha de Coudres
Fora de Quadro: Michel Brault, parte VI - L’Acadie, L’Acadie’?!, Elogie du Chiac em conexão com High School, de Frederick Wiseman: o ano sem fim de 1968 e belas lições cinematográficas.
De Gypsy woman a Superfly: saudades do Curtis Mayfield
Plano Sequência: Pós-2010: aberta a estrada da renovação
Jackass 3D
Raccord: Arrested Development, Modern Family e The Office: a câmera como personagem e o ator como personagem de um pretenso mundo real
Corte Seco: Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos
Contra-Plongée: “Contagem”, de Gabriel Martins e Maurílio Martins: filme-catástrofe da intimidade