terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Giallo", o novo Dario Argento



por Marcelo Miranda

Ele não vai ser visto num cinema perto de você, mas está por aí. Giallo, trabalho mais recente do mestre italiano Dario Argento, chega diretamente às locadoras brasileiras. A Califórnia Filmes, distribuidora, optou por não lançá-lo nas salas de exibição. Uma decisão lamentável, que priva o público de assistir na tela a um dos grandes nomes do cinema mundial em plena atividade. Ainda mais no caso de Giallo, que - já visto por este que escreve - mostra Argento em grande forma.

Se há poucos anos, em A Mãe das Lágrimas, o italiano pareceu realizar um filme quase por compromisso a si mesmo (o fecho de uma trilogia iniciada nos anos 70), com Giallo ele parece ter tido prazer absoluto. Quase tudo funciona no filme, elevando os pontos positivos e abafando os negativos de projetos recentes que muito se assemelham a este, como Quem Quer Ser Hitchcock? e O Jogador Misterioso, ambos não tão potentes quanto Giallo.

Não vou falar muito, pra dar oportunidade a todo mundo de ver. Pretendo escrever com mais detalhes a respeito do filme, em especial sobre como Argento se autoironiza a todo instante - desde o título, que remete ao subgênero que ele ajudou a firmar na Itália, até alguns desdobramentos da trama e da encenação.

O negócio é correr e pegar na locadora. Bem podia ser no cinema, mas, num circuito em que Quentin Tarantino fica na geladeira por mais de dois anos (À Prova de Morte, jamais lançado pela Europa Filmes), seria sonhar alto demais ter Dario Argento no cinema da esquina.

2 comentários:

Cássio disse...

Fiquei a fim de ver, vou procurar na locadora.

Pedro Tavares disse...

Vou procurar na locadora também.