segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Annie Girardot (1931-2011)



Mostra Inéditos em BH


Dos dias 21 de fevereiro a 22 de março o Cine Humberto Mauro promove a Mostra Inéditos em BH, com filmes que não entraram em cartaz na cidade. Em nossa área “Cobertura” (link aqui) vocês encontrarão textos dos filmes exibidos por lá. Confiram.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Oscar do drama



por Marcelo Miranda

Antes de qualquer coisa, é melhor os brasileiros sossegarem o facho quando forem assistir à entrega do Oscar 2011 logo mais. Apesar de boa parte da mídia e os próprios realizadores estarem forçando para que "Lixo Extraordinário", de Lucy Walker, seja considerado um filme brasileiro concorrente a melhor documentário, trata-se de uma ilusão.

É notoriamente uma produção inglesa, feita em parceria com o Brasil, que entrou menos com a concepção artística e muito mais com aparato técnico e de infraestrutura. Ou seja, tecnicamente, o filme é mais brasileiro que britânico; essencialmente, é um filme da Inglaterra - e serão ingleses que deverão efetivamente levar a estatueta para casa, caso o longa seja escolhido hoje.

Dito isso, o que mais interessa na cerimônia a ser realizada em Los Angeles, no teatro Kodak, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood? A 83ª edição do prêmio repete o que foi retomado no ano passado e coloca dez títulos na principal disputa, a de melhor filme. A estratégia serve principalmente para tentar alavancar a audiência da transmissão da festa na TV - quanto mais filmes no mata-mata, mais gente para torcer por seus favoritos.

A maior quantidade de competidores tira bastante da "coerência" das indicações que sempre marcou os votantes da academia, mas ainda é possível puxar alguns fios. A considerarmos a lista dos dez melhores de 2010, segundo a entidade, o que mais lhe chamou a atenção foram dramas absolutamente humanos - há, por exemplo, pouquíssimos filmes de toada mais fantasiosa, casos apenas de "A Origem" e "Toy Story 3", ambos azarões absolutos. Os demais passeiam pelos mais variados tipos de dramas, abarcando uma radiografia humana de crises, dores, dúvidas, derrotas, angústias, redenções e derrocadas.

Da trajetória amargamente vitoriosa do criador do Facebook em "A Rede Social" à melancólica saga de vingança e morte perpetrada por uma garotinha em "Bravura Indômita"; de mais uma garota em busca de algo - no caso, o pai - em "Inverno da Alma" a uma outra busca paterna, menos trágica, em "Minhas Mães e Meu Pai"; do mergulho no inferno das drogas que empaca a glória em "O Vencedor" até a superação de uma deficiência física em prol da nação mostrada em "O Discurso do Rei"; da solidão e do sacrifício ante a dor de "127 Horas" à jovem travada que luta contra as próprias barreiras psicológicas em "Cisne Negro".

Um outro elemento a ligar os dez filmes de alguma forma é que todos são sucessos de bilheteria nos EUA. Alguns são realmente campeões, justamente "Toy Story 3", com saldo de US$ 413 milhões, e "A Origem", com US$ 293 milhões. Outros são autênticos fenômenos, que, de custo baixo, funcionaram menos no marketing do que no boca a boca, casos de "Bravura Indômita" (US$ 164 milhões e ainda em cartaz), "O Discurso do Rei" (US$ 104 milhões, ainda em cartaz), "A Rede Social" (US$ 97 milhões) e "O Vencedor" (US$ 88 milhões).

A situação, portanto, é totalmente diferente se comparada ao ano passado, quando dois filmes opostos em quase tudo polarizaram o Oscar. De um lado, havia a megaprodução "Avatar", maior bilheteria da história do cinema; de outro, o independente "Guerra ao Terror", fracasso retumbante no contato com o público - e que acabou saindo glorificado da cerimônia, premiado em seis categorias, incluindo melhor filme, direção e roteiro original.

Apesar de "O Discurso do Rei" despontar como favoritíssimo hoje à noite - muito por conta de diversos outros prêmios vencidos pelo filme de Tom Hooper nas últimas semanas -, sempre há possibilidades de surpresa. Seus maiores adversários são "A Rede Social", também bastante premiado recentemente, incluindo o Globo de Ouro; "Cisne Negro", carregado em grande popularidade; e "Bravura Indômita", que, além de agradar a boa parte dos espectadores, tem colhido grande quantidade de críticas positivas. A categoria de direção, com cinco indicados, pode resolver ou reforçar escolhas da academia. Os votantes podem dar troféus alternados, por exemplo, a "O Discurso do Rei" e "A Rede Social".

Na disputa de ator e atriz, a barbada é quase sempre mais certa. Neste ano, só boas surpresas tiram o troféu de Natalie Portman, por "Cisne Negro", e de Colin Firth, que está em "O Discurso do Rei". O inglês, que em 2010 foi indicado pelo papel de um professor gay em "Direito de Amar", volta a disputar o prêmio com Jeff Bridges ("Bravura Indômita"), que o derrotou na interpretação de um cantor country em "Coração Louco".

Já Portman está num momento ideal de ser agraciada com o Oscar: jovem, talentosa, bonita, esforçada - ou seja, o típico exemplo de estrela que agrada a academia. Seu papel em "Cisne Negro" é uma semiunanimidade, muito maior do que o filme em si.

Nos coadjuvantes, Christian Bale está no topo das apostas com o boxeador em crise de "O Vencedor". O drama de David O. Russell compete com duas coadjuvantes (Melissa Leo e Amy Adams), que podem perder para Hailee Steinfeld ("Bravura Indômita").

Reflexões
Não são apenas os vários prêmios agraciados anteriormente a "O Discurso do Rei" que o credenciam como o maior favorito ao Oscar de melhor filme hoje à noite. Do alto de suas 12 indicações, o longa-metragem de Tom Hooper pode ser uma espécie de alívio diante da desilusão que se abateu na indústria no ano passado com a derrota de "Avatar".

Numa avaliação um pouco mais sociológica, a história de superação narrada no filme pode representar, também, um olhar mais positivo da academia para o cinema e para o mundo.

Faz algum sentido se tirarmos de exemplo a alternância dos vencedores nos últimos anos. Em 2010, "Guerra ao Terror" mostrou um personagem viciado em desarmar bombas, que abria mão de estar com a esposa e com o filho para ir ao front de batalha – visão nada utópica da constituição familiar.

Em 2009, "Quem Quer Ser um Milionário?" partia da pobreza indiana, com seus esgotos a céu aberto (e garotos banhados em fezes), para a vitória num jogo de TV e a dança redentora que unia a todos – otimismo em alta.

Um ano antes, "Onde os Fracos não Têm Vez", dos mesmos irmãos Coen que neste ano disputam com "Bravura Indômita", apresentava o mundo brutal do interior norte-americano, marcado pela desilusão e niilismo surgidos a partir de uma mala de dinheiro.

Nesse vai e vém, estaria na hora de algo mais positivo. "O Discurso do Rei" se encaixa à perfeição, tanto mais por ser uma produção britânica. Afinal, como se sabe, sempre soa simpático por parte da academia premiar trabalhos da Inglaterra, mais ainda se são filmes com olhar carinhoso para a Coroa – vide "A Rainha", concorrente forte em 2007 e que deu prêmio de atriz a Helen Mirren, interpretando a monarca Elizabeth II. Curiosamente, "O Discurso do Rei" trata da ascensão de George VI, pai de Elizabeth II.

O mais interessante será se a academia realmente surpreender e escolher outro para a categoria de melhor filme. Nessa hipótese, todas essas ponderações deverão ser reorganizadas.

*Originalmente publicado em O TEMPO no dia 27.2.2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Peões




por Ursula Rösele

Post de certa maneira tardio sobre a última sequência de Peões (2004), em que Coutinho conversa com um operário que conta do período das greves no ABC paulista e em determinado momento olha nos olhos de Coutinho e pergunta: "o senhor também é peão?"; ao passo que o diretor fica em silêncio, o cinegrafista mantém a câmera ligada e vemos um dos instantes mais políticos do cinema nacional.

Em uma imagem apenas, temos escancarada na tela a distância entre aquelas duas pessoas. A ideia de um documentário que revelaria os incômodos daquele homem diante das circunstâncias políticas que haviam levado o Lula ao segundo turno das eleições de 2002, mas que acaba por registrar uma impossibilidade social. Se Coutinho não é peão, ele jamais poderá entender um peão. Isso tudo ali, em poucos segundos.

Esta cena vale o filme inteiro.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ethan e Joel Coen

por Ursula Rösele



Ajuste Final (1990)



Barton Fink (1991)



Fargo (1996)



E Aí Meu Irmão, Cadê Você? (2000)



O Homem Que Não Estava Lá (2001)



Onde os Fracos Não Têm Vez (2007)



Bravura Indômita (2010)



Definitivamente são os “Midas da atuação”: tudo o que tocam vira ouro.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Girimunho", de Helvécio Marins e Clarissa Campolina



por Marcelo Miranda

No característico vocabulário do interior mineiro, girimunho é entendido como um pequeno redemoinho. A palavra pode ser aplicada tanto ao enredo do primeiro longa-metragem da dupla Helvécio Marins e Clarissa Campolina quanto à própria experiência de ambos na realização de um projeto acalentado há anos.

Depois de sete anos decorridos entre a ideia e a concretização, de 2011 não passa. Em montagem e finalização, "Girimunho" tem previsão de estar pronto nos próximos meses. Já pleiteia exibição em alguns festivais - por enquanto, sigilosos, com toda a discrição também tipicamente mineira.

Isso nem é o mais importante a Helvécio e Clarissa. Ambos estão muito mais atentos a ajustar os cortes do filme. O repórter do Magazine esteve, com exclusividade, na ilha de edição onde os dois têm se debruçado com a montadora carioca Marina Meliande para transformar as imagens brutas filmadas no pequeno município de São Romão, no Norte de Minas (521 Km de Belo Horizonte), em narrativa.

Pode parecer estranho falar em "narrativa" a quem conhece os trabalhos de Helvécio e Clarissa. Juntos, fizeram o curta "Trecho" (2006), premiado no Festival de Brasília; sozinhos na direção, ele fez "Nascente" (2005), e ela, "Notas Flanantes" (2009). Em todos, há rarefação, fragmentos, tempo aberto.

"Girimunho" será isso também, desta vez com "curva dramática", como frisa Helvécio Marins. "Tudo que está no filme é baseado na vida das personagens, que interpretam elas mesmas em situações reconstruídas por um roteiro que a gente tinha", explica Clarissa.

O script do carioca Felipe Bragança (também roteirista em "O Céu de Suely" e "No Meu Lugar") transita pelo universo de Maria Sebastiana, a Bastu, e de Maria do Boi. Senhoras em seus 83 anos de idade, moradoras de São Romão desde sempre, elas serviram de inspiração e motivação para Helvécio e Clarissa prepararem um filme protagonizado por elas mesmas.

Bastu e Maria do Boi não podiam ser mais diferentes. Para Helvécio, a primeira é a doçura em forma de gente. "Ela é uma contadora de histórias sem saber que é, pois conta de um jeito mágico, com toques surreais, que te fazem acreditar em tudo, por mais fantástico que seja".

Bastu, viúva do ferreiro da cidade, facilitou o trabalho da dupla. Bem diferente de Maria do Boi, de personalidade mais arredia. "Ela é uma batuqueira de tambor ancestral africano, autêntica mestre dos mestres", exalta Helvécio. Ele e Clarissa tiveram dificuldades em convencer Maria a fazer o que queriam para o filme. Clarissa diz: "Ela tem integridade e respeito pelas raízes, e isso é muito comovente. Mesmo sisuda, é uma figura doce. Esses contrastes a fazem misteriosa e especial".


Helvécio e Clarissa em foto de Lis Kogan

O girimunho que vai colocar as duas personagens em contato direto é a morte de Feliciano, marido de Bastu. "A partir desse acontecimento, a gente tenta acompanhar a forma como as duas se relacionam com o mundo e como a Bastu vai se reencontrar e se recolocar no ambiente, agora, sem o marido", adianta Clarissa. "A Maria do Boi entra no filme quase como uma entidade. A Bastu se movimenta, faz a história andar, mas a Maria sabe de tudo".

O choque se dará na relação com as novas gerações, encarnadas pelos jovens mostrados no filme - em especial no caso de Maria, que, temendo não ter a quem deixar seu legado, busca herdeiros para a tradição do batuque e da memória africana.

Aprendizados.
"Mentira eu não falo. Não vou fazer isso". A firmeza de Maria do Boi nessa frase permeou vários dos momentos de impasse na realização de "Girimunho", em São Romão. Mesmo os diretores explicando à batuqueira que se tratava de uma cena reencenada pela ficção, a intérprete de si mesma não abria mão de suas convicções.

"A gente podia até tentar passar uma conversa nela, mas nunca funcionava", conta o diretor Helvécio Marins. "A Maria é muito, muito inteligente, ainda que diga ser ‘analfabética’".
O jeito era ele e Clarissa Campolina rearranjarem o roteiro de modo a inserir situações nas quais Maria do Boi se sentisse à vontade de interpretar.

"Acho que, no fim, todas as mudanças foram para melhor", acredita Clarissa. "Tínhamos que ter o olhar para o que era mais potente dentro daquilo que tanto a Maria quanto a Bastu queriam nos oferecer".

A diretora conta que, por mais completo que estivesse o roteiro, na hora de filmar, a situação podia mudar. "A gente preparou a história do filme a partir do que elas nos contaram. Mas, quando você vai para o processo da filmagem, a forma como elas querem se mostrar diante da câmera é modificada. E era mais interessante a gente se abrir ao que acontecia fora do roteiro do que tentar forçar e direcionar o trabalho delas".

As locações foram as casas de Bastu e Maria do Boi, em São Romão, às margens do rio São Francisco, onde a dupla de cineastas morou por dois meses. O período permitiu que o filme brotasse devagar, no tempo das próprias personagens.

O Magazine assistiu a quatro cenas já montadas de "Girimunho". Nelas, é possível sentir o tom afetivo que Helvécio e Clarissa imprimem ao filme, numa construção cuidadosa de ambientação, com atores/personagens compondo o quadro em harmonia com o espaço.

Numa das cenas, Bastu fala sobre a perda do marido; em outra, Maria do Boi comanda uma grande festa noturna, na qual o som dos batuques promete ser um dos grandes atrativos do filme numa projeção em cinema - e o trabalho da dupla mineira O Grivo na edição sonora deve garantir ainda mais a qualidade.

A experiência de transitar do curta e média-metragem para um longa apenas somou à visão de trabalho e de vida da dupla de cineastas. "Sempre aprendo muito fazendo filmes", constata Helvécio Marins. "Muita gente me cobrava um filme longo. Eu nunca fiz porque não me preocupo com formatos".

Por sua vez, Clarissa Campolina concorda que o aprendizado é o maior ganho do processo. "Sinto que crescemos bastante fazendo esse filme, não apenas em relação ao trabalho, mas a nós mesmos".

*Matéria publicada no jornal O TEMPO em 6.2.2011

O Discurso do Rei



por Marcelo Miranda

Haveria uma grande chance de “O Discurso do Rei” passar incólume pelo circuito de exibição se não tivesse 12 indicações ao Oscar. É daqueles casos em que se percebe o quanto uma significativa parcela do público pauta suas escolhas do que ver pela premiação de Hollywood.

Isso porque “O Discurso do Rei” é um filme que não nos diz nada. Quer dizer, há ali a reconstituição da ascensão do duque de York ao reinado da Inglaterra, tornando-se George IV e liderando a nação rumo à Segunda Guerra Mundial. O centro do filme é a deficiência sofrida pelo personagem: gago devido a inseguranças de infância, o duque procura a ajuda de um “terapeuta da fala” para conseguir dar conta do problema.

Para além do simplismo de reduzir o destino de um império a uma gagueira, “O Discurso do Rei” faz a mais básica hagiografia do protagonista. O duque é sempre mostrado de maneira solene e condescendente – mesmo num arroubo de arrogância, logo ele trata de pedir desculpas.

Sob outra ótica, este poderia muito bem ser classificado como um filme de propaganda, feito para exaltar um regime de governo e a imagem do chefe nacional. Como estamos falando da Grã-Bretanha, e como estamos falando de um trabalho cujo valor histórico está em apenas recontar o que convém à sua “mensagem” exaltativa, voltamos à pergunta inicial: a que nos interessa?

A direção de Tom Hooper é daquela sobriedade automática, com nada fora do lugar. Colin Firth tem interpretação bastante forte – mas desde quando isso é novidade (ao menos a quem acompanha os bons trabalhos do ator britânico)?

A questão vai além de “O Discurso do Rei” ser bom ou não, mas, sim, o quanto um filme como esses ganha holofotes pelos motivos errados – a saber, o excesso de indicações a uma premiação notadamente comprometida com outros aspectos que não os artísticos.

Compra o discurso quem quer.

Cisne Negro



por Marcelo Miranda

Depois de dois filmes chiliquentos ("Pi" e "Réquiem para um Sonho") e um tropeço escandaloso ("A Fonte da Vida"), o diretor Darren Aronofsky colocou o pé no chão e fez um dos trabalhos mais intensos do cinema norte-americano nos últimos anos. "O Lutador" (2008), que venceu o Leão de Ouro do Festival de Veneza, tinha no corpo e no rosto de Mickey Rourke a maior parte de sua força, e Aronofsky soube aproveitar isso.

Ele faz o mesmo em "Cisne Negro", seu novo trabalho. Desta vez, o corpo e o rosto são de Natalie Portman, já uma papa-prêmios por sua interpretação (que deve lhe dar o Oscar). Ela faz a jovem e inocente bailarina Nina, cujo grande sonho é ser a protagonista de uma nova versão para "O Lago dos Cisnes".

Após conseguir o papel, Nina entra numa espiral de situações estranhas, envolvendo uma rival, sua antecessora e, especialmente, sua própria personalidade conflitante.

Aronofsky faz aqui uma mistura do histrionismo de "Réquiem para um Sonho" com a fluidez e sobriedade de "O Lutador". O filme é claramente dividido em duas partes, sendo a primeira o processo de adequação de Nina e a segunda, o impacto desse mesmo processo.

Se há algo a chamar a atenção em "Cisne Negro" é a despreocupação de Aronofsky em criar uma "trama". Há Nina às voltas com as estranhezas ao redor, e nada mais que isso. É corajoso para um filme de clara busca por mercado, o que não significa que seja um procedimento sempre bem-sucedido.

Ao mesmo tempo em que tateia em busca do que pode causar choque à imagem, Aronofsky também escorrega para o inócuo, tornando "Cisne Negro" algo esquizofrênico. A entrega de Portman ao papel - de maneira física e psicológica - torna-se o maior atrativo do filme.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Listas individuais da Voz do Polvo

Depois de revelar os filmes mais bem votados pela turma do Filmes Polvo (foram sete votantes, e não nove, conforme está no post abaixo), é hora de conhecer quem votou em o quê. O editor Rafael Ciccarini pediu a cada um que escolhesse três longas e três-curtas-metragens vistos na 14ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Lá vão.

LONGAS-METRAGENS

Gabriel Martins
1-Os Monstros, de Luiz Pretti, Ricardo Pretti, Guto Parente e Pedro Diógenes
2-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
3-O Gerente, de Paulo Cezar Saraceni

João Toledo
1-Os Monstros, de Luiz Pretti, Ricardo Pretti, Guto Parente e Pedro Diógenes
2-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
3-Os Residentes, de Tiago Mata Machado

Leonardo Amaral
1-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
2-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
3-Santos Dumont – pré-cineasta?, de Carlos Adriano

Marcelo Miranda
1-O Gerente, de Paulo Cezar Saraceni
2-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
3-Transeunte, de Eryk Rocha

Rafael Ciccarini
1-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
2-O Gerente, de Paulo Cezar Saraceni
3-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges

Thiago Macêdo
1-Os Monstros, de Luiz Pretti, Ricardo Pretti, Guto Parente e Pedro Diógenes
2-Os Residentes, de Tiago Mata Machado
3-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges

Ursula Rösele
1-O Gerente, de Paulo Cezar Saraceni
2-O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges
3-Os Residentes, de Tiago Mata Machado


CURTAS-METRAGENS

Gabriel Martins
1-Mens Sana in Corpore Sano, de Juliano Dornelles
2-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
3-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro

João Toledo
1-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
2-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
3-Borboletas Indômitas, de Daniel Chaia

Leonardo Amaral
1-Mens Sana in Corpore Sano, de Juliano Dornelles
2-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
3-Canoa Quebrada, de Guile Martins

Marcelo Miranda
1-Contagem, de Gabriel Martins e Maurílio Martins
2-Mens Sana in Corpore Sano, de Juliano Dornelles
3-Borboletas Indômitas, de Daniel Chaia

Rafael Ciccarini
1-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
2-O Assassino do Bem, de Hiro Ishikawa e Thiago Pedroso
3-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha

Thiago Macêdo
1-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
2-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
3-Canoa Quebrada, de Guile Martins

Ursula Rösele
1-As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro
2-Náufragos, de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha
3-O Assassino do Bem, de Hiro Ishikawa e Thiago Pedroso