sábado, 21 de novembro de 2009

42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro - atualizações

Novos textos de nossa cobertura do Festival de Brasília no ar: ”Filhos de João – Admirável Mundo Novo Baiano”, “Perdão, Mister Fiel”+ Curtas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Dos dias 17 a 24 de Novembro o polvo Marcelo Miranda fará a cobertura do 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Acompanhem os textos aqui. Já no ar, “Lula, o Filho do Brasil’, de Fábio Barreto.

domingo, 15 de novembro de 2009

Joan Baez

por Marcelo Miranda

Em 1971, Ennio Morricone compôs uma música para a trilha sonora do drama Sacco & Vanzetti, história real de dois trabalhadores italianos anarquistas, presos injustamente nos anos 20, nos EUA, acusados de assassinato. Quem entoou a letra da música (que reproduz trechos de cartas escritas pelos acusados de dentro da prisão) foi Joan Baez, com toda a sua potência, melancolia e delicadeza.

Abaixo, um trecho de algum show de Joan no qual ela canta um pequeno pedaço da música (que, originalmente, tem mais de dez minutos, salvo engano).

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Em defesa do festival de curtas

por Marcelo Miranda

A classe audiovisual mineira está elaborando uma carta aberta, a ser encaminhada à imprensa e à Secretaria de Estado da Cultura, reivindicando várias medidas a favor da permanência do Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte.

O evento, cuja 11ª edição segue até amanhã, no Cine Humberto Mauro, sofre um impasse desde meados deste ano, quando correu risco de não ser realizado, por desentendimentos internos e dificuldades de captação de recursos. Numa reunião realizada na tarde da última terça-feira, um grupo de cineastas, produtores e representantes de entidades trocaram ideias (e várias farpas) a respeito da forma como a política audiovisual vem sendo desenvolvida em Minas Gerais.

Especificamente sobre o Festival de Curtas, a proposta é quase unânime: a Secretaria de Cultura, através da Fundação Clóvis Salgado (órgão estadual “dono” do festival), deve garantir financeiramente sua continuidade anual.

Para tanto, será proposta à Secretaria uma série de ações, entre elas a criação de um conselho consultivo para pensar o evento e a nomeação de um coordenador que assuma o festival e outras atividades ligadas a ele (como a itinerância dos filmes exibidos pelo interior do Estado).

Aguarde novidades aqui no blog. Enquanto isso, acompanhe nossa cobertura diária da 11ª edição do festival, bastando clicar aqui.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Brasil e Itália, por Pier Paolo Pasolini

Por Nísio Teixeira


O site do Instituto Moreira Salles divulga, na íntegra, texto de Pier Paolo Pasolini comentando a final da Copa do Mundo de 1970 entre Brasil e Itália. Para o cineasta italiano, o futebol de poesia brasileiro superou a prosa estetizante italiana. Leia mais no link abaixo:
http://ims.uol.com.br/Futebol_de_prosa_e_futebol_de_poesia_–_Pier_Paolo_Pasolini/D242

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

11º Festival Internacional de Curtas de BH - Atualizações

No ar em nossa cobertura do 11º Festival Internacional de Curtas de BH: Mostra Campo imperfeito – 1 e 3, Mostra Curtas Brasil 2008 – 1, Mostra Curtas Vila do Conde – 1, Mostra Festival Internacional de Cinema de Locarno – 1, Mostra Vanguardas e Neovanguardas – 1, O Vampiro da Cinemateca e Todos Mienten. Confiram!

O Caso dos Irmãos Naves



por Marcelo Miranda

Por pura coincidência, hoje tem sessão especial em Belo Horizonte de O Caso dos Irmãos Naves, filme de 1967 dirigido por Luís Sérgio Person e com Anselmo Duarte num dos papéis principais. Coincidência porque Anselmo morreu no último sábado, aos 89 anos. Neste trabalho de Person, ele tem o maior papel de sua carreira, como o truculento delegado militar responsável pela tragédia real da família Naves, no interior de Minas Gerais.

O filme é impressionante, e quem já o assistiu pode reforçar o coro. Tem elementos que dialogam fortemente com outras produções da mesma época, de pegada semelhante e também inspiradas em casos reais, especialmente A Sangue Frio, de Richard Brooks e lançado exatamente no mesmo ano do filme de Person, e Sacco & Vanzetti (1971), trabalho hoje pouco comentado, mas ainda muito expressivo, dirigido por Giuliano Montaldo.

Fiz uma pequena matéria sobre a exibição do filme, que pode ser lida aqui. Mas muito mais interessante é o comentário que o Carlão Reichenbach me enviou, atendendo a um pedido meu de um depoimento para a tal matéria. Vale reproduzir na íntegra, como forma de reforçar a importância do filme de Person.

por Carlos Reichenbach
O Caso dos Irmãos Naves talvez seja um dos filmes mais políticos já realizados no país. Uma obra na linha visionária do comunismo Peninsular de Palmiro Togliatti e Antônio Gramsci. Um erro jurídico histórico do passado, do periodo da ditadura Vargas, caía como uma luva para falar da repressão e da truculência militar no final dos anos 60. Sei que Person era fã assumido do cinema de Francesco Rossi, Damiano Damiani e Elio Petri. Os Naves tem muito do cinema italiano da época. A colaboração de Jean-Claude Bernardet no roteiro foi essencial para acrescentar uma certa dose de distanciamento crítico ao filme

Parece que o filme teve alguns problemas com a censura, agravados pelo fato de ter sido o representante do Brasil no Festival de Moscou.

Estilisticamente o filme se diferencia bastante da linguagem moderna e fragmentada de São Paulo S/A; mas Person buscava isso obstinadamente, fazer sempre um filme formalmente diferente do anterior.

A referência maior de Os Naves é O Bandido Giuliano, de Francesco Rossi, que Person achava um dos maiores filmes da história. O curioso é que, numa revisão recente, Giuliano me apareceu muito envelhecido, datado; Os Naves, não. Deu para perceber uma certa ironia no estilo buscado por Person com influências sutis de outros filmes brasileiros, sobretudo alguns da Vera Cruz (não foi à toa que Person convidou Anselmo Duarte para atuar - histriônica e genialmente, diga-se de passagem) e sobretudo, do TBC de São Paulo (perceba a carga teatral do elenco inteiro) no filme.

Embora o filme tenha atuações notáveis de Juca de Oliveira e Raul Cortez, Person tinha o maior carinho pelo desempenho de John Herbert (que está sublime mesmo e é o menos teatral do elenco).

Em Os Naves, a atmosfera aparentemente extemporânea (quase arcaica) contribui muito para o nosso distanciamento. Para isso foi essencial a contribuição de Oswaldo de Oliveira na fotografia, que não usou nenhum dos efeitos fáceis de envelhecimento da época (e que torna alguns filmes italianos do período insuportáveis de serem assistidos hoje - como alguns de Mauro Bolognini, por exemplo). Oswaldo aboliu todos os filtros soift ou fog e usou basicamente a luz "dura" dos refletores antigos.

Confira o blog do Carlão.

sábado, 7 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Michael Jackson - This is It

por Ursula Rösele

This is It, o filme com – a princípio – passagem relâmpago pelos cinemas (dizem que de duas semanas, agora ficará até o dia 29/11) já rendeu 101 milhões de dólares em 5 dias. O que não é de se espantar, claro. Assisti ao filme ontem e a vantagem foi ter ido ao cinema sem a mínima expectativa em termos de “cinema”. O filme é o que se propõe e feliz ao não se apoiar em sensacionalismos fáceis como poderia se esperar. Não há lágrimas, lamentos, depoimentos pós-mortem. É o que seria do show e pronto. Sincero, feito pelo diretor da turnê, com imagens dos ensaios e uma impressionante participação de Jackson em todos os momentos: das melodias aos arranjos, passos de dança, cenário, escolha dos dançarinos, etc, etc, etc. O cantor aparece bem menos afetado que eu imaginava, obviamente cercado de atenções e cuidados, preocupações constantes em gastar a voz ou cair de uma grua à qual ele passearia por cima dos fãs no show. Que, por sinal, seria certamente o maior show pop de todos os tempos, sem sombra de dúvida. Sincero, o filme abre com a frase “para os fãs”. Não é muito mais que isso, mas é um bom arquivo do que viria a ser esta última passagem do “Rei do Pop” pelos palcos. Uma pena não ter se efetuado.