quarta-feira, 18 de novembro de 2009

42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Dos dias 17 a 24 de Novembro o polvo Marcelo Miranda fará a cobertura do 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Acompanhem os textos aqui. Já no ar, “Lula, o Filho do Brasil’, de Fábio Barreto.

3 comentários:

MEU UNIVERSO ONÍRICO disse...

Ficarei anciosa para lê o que Marcelo Miranda(querido ex pefessor na escola livre de cinema) fala sobre o festival de Brasilia.

Abraços!

Chá de Fita disse...

Opinando sobre a critica feita ao filme do Lula, acho que como toda biografia é quase impossivél não exagerar no heroismo. Como foi dito se trata da historia veridica de um menino pobre que venceu na vida. ok, e assim a partir do momento que se mostra algo heroico, em cenas normais em filmes desse tipo, parece se trasforma automaticamente partidario, mas como não faze-lo? Afinal faz parte da diegética. Só se fosse um documentário. Na verdade nem vi o filme e nem sou a favor do Lula ou coisas do tipo, mas eu apenas imagino que possa estar criando uma opinião quase que imediata só por se tratar de um filme sobre ele. vocês não acham?

Marcelo Miranda disse...

Caro "Chá de Fita",
obrigado pela sua mensagem. Talvez a resposta à sua dúvida esteja na própria questão: não existe nenhuma regra que diga que em toda biografia não se possa deixar de "exagerar no heroísmo". Muito pelo contrário: a biografia estará mais fiel e próxima de seu personagem quanto mais torná-lo uma figura próxima da realidade. Mas isso deixa de ser um fator preponderante se o personagem ganha uma vida própria dentro do cinema, do espaço da imagem. Pensemos em "Bird", sobre Charlie Parker: o protagonista não se parece com o biografado, alguns fatos foram mudados, outros acrescentados, e o que temos? Um filme que pulsa e no qual o personagem parece existir apenas daquela forma. No caso de "Lula", o problema não é fazer dele um filme político (muito pelo contrário), mas não permitir que o Lula cinematográfica nos convença de ser um "alguém", em vez de ser simplesmente um veículo de ideias para além do que o filme propõe. Quando você o assistir, talvez isso se esclareça mais. Ou não. Até uma próxima.